Sono e ganho de peso
Obesidade é fator de risco para um sono ruim: mais fragmentado, mais superficial e até apneia de sono.
Obesidade é fator de risco para um sono ruim: mais fragmentado, mais superficial e até
apneia de sono. Distúrbios do sono também são fatores de risco para sobrepeso e
obesidade. E é por isso que diante de um paciente que objetiva emagrecimento,
precisamos também abordar e tratar esse pilar tão importante, ao invés de focar no peso
de forma isolada (e aqui insisto mais uma vez: o tratamento para perda de peso vai muito
além de dieta e atividade física).
Vejam só: quando dormimos mal, tendemos a ficar mais sonolentos durante o dia. O
cérebro acredita que essa sonolência é por falta de energia e nos conduz à busca dela
através da comida, de alimentos densamente calóricos e ricos em carboidratos e gorduras.
A privação de sono também leva a alterações de humor, nos deixando mais irritadiços e
mais tendenciosos a ver tudo sob uma ótica negativa. Isso deixa o nosso sistema de
recompensa mais sensível, que por sua vez nos torna mais suscetíveis à busca por
alimentos mais palatáveis. Falharemos também no controle de impulsos (inclusive, claro,
no impulso do comer), teremos mais dificuldade no planejamento das nossas atividades
como consequências de alterações no córtex pré-frontal.
Somado a tudo o descrito, também teremos um desequilibro hormonal mediado por leptina e grelina, interferindo no
controle da fome e saciedade. Para vocês terem uma ideia, quem dorme menos de 7 horas
por noite pode ter um consumo calórico aumentado em até 30% quando comparados a
indivíduos que dormem acima desse limiar
Associado ao comer mais, também tenderemos a reduzir o nível de atividade física durante o dia em até 15 %.