Remédios para emagrecer. Quando devem ser considerados?

É bem estabelecida a relação do sobrepeso e obesidade com inúmeras complicações para a saúde. Insisto sempre em lembrar que a Obesidade é uma doença crônica multifatorial, recidivante e causadora de múltiplas outras doenças que aumentam chance de morte precoce. Apesar de tudo isso, ainda é subtratada o que faz que alcance proporções epidêmicas e crescentes em todo o mundo.

Diante disto se torna urgente o seu tratamento que tem como pilares básicos intervenções para modificação do estilo de vida: dieta, aumento da atividade física e mudanças cognitivo - comportamentais.

No entanto, é sabido que o percentual de pacientes que não obtêm resultados satisfatórios com medidas conservadoras é alto e neste caso a ASSOCIAÇÃO de medicamentos, que aumenta a chance de sucesso em 3 vezes pelos estudos, deve ser considerada na presença dos seguintes critérios:

1)     IMC maior ou igual a 30 kg/m2
2)     IMC maior ou igual a 25 ou 27 kg/m² na presença de comorbidades como hipertensão arterial, diabetes tipo 2, hiperlipidemia, apneia do sono, osteoartrose, esteatose hepática, dentre outras.

Algumas diretrizes consideram ainda o aumento de circunferência abdominal (maior ou igual a 102cm em homens e 88cm em mulheres) como outro critério para inicio de tratamento farmacológico, uma vez que a adiposidade abdominal tem correlação com gordura visceral e desenvolvimento de doenças metabólicas.

Outro dado importante de lembrar é que os pacientes esperam em media 8 anos para procurar ajuda profissional para tratamento da obesidade. 8 anos de inflamação subclinica e lesões de órgãos. Nós profissionais de saúde não podemos atrasar ainda mais esse tratamento. Tenham a terapia medicamentosa sempre em mente, como uma intervenção conjunta segura e eficaz no combate à obesidade.